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O poder de um bom experimento: o que aprendi com Erin Weigel no CRO Summit 2025

lucas

Resumo por: Lucas Sacramento


O CRO Summit 2025, organizado pela Comunidade CRO Brasil 1, iniciou um debate estratégico sobre o futuro do crescimento de receita corporativa.

Em um mercado onde a Inteligência Artificial (IA) promete milagres e a otimização míope ameaça a sustentabilidade, o evento reuniu líderes para cravar um consenso: o CRO transcendeu a tática e se consolidou como o pilar da rentabilidade no C-level.² 

A grande provocação que ecoou nos corredores foi direcionada à alta gestão: o investimento em CRO deve ser visto não como uma despesa operacional, mas como uma capacidade organizacional intrínseca, essencial para a inovação controlada e a aceleração sustentável de receita.4

A experimentação é, em essência, o motor que mitiga o risco associado a grandes apostas em produto e marketing.

 

O Risco de Morrer na Praia

Um dos insights mais impactantes veio do especialista Carlos Trujillo (Speero/CXL), que resumiu a tensão entre a conversão imediata e o valor de longo prazo (Lifetime Value - LTV) com uma frase cortante: "Seu negócio pode morrer antes de capturar o LTV do cliente."5
 
Este não é um drama retórico. É um alerta financeiro: o foco exclusivo em aumentar a taxa de conversão (CR) no curto prazo pode, paradoxalmente, erodir o Valor de Vida do Cliente.
 
A otimização superficial pode transformar o site em um "cassino", comprometendo a saúde financeira futura.
 
A conclusão é um imperativo estratégico: devemos urgentemente reorientar os KPIs.
 
O sucesso de um programa de CRO não é medido pela porcentagem de testes vitoriosos, mas pelo impacto sustentável e positivo nas métricas que possuem impacto significativo na rentabilidade.
 
O LTV (Lifetime Value) de retenção e monetização, deve ser a métrica North Star para experimentação.6
 
Gabriel Costa "Mineiro" (Merlin e GLA) reforçou a pauta para a liderança: a otimização de páginas só se transforma em crescimento de negócio quando há uma melhoria constante e mensurável no Custo de Aquisição de Clientes (CAC) e no LTV.7

 

O Teste A/B Virou um Mecanismo de Segurança

A chegada da IA ao Google Analytics 4 (GA4) foi o ponto de partida para a discussão sobre o futuro analítico. Vitoria Comarin (Google) destacou que a IA está intrinsecamente conectada ao GA4, e o avanço mais significativo reside na utilização da Conversions API.
 
Este recurso permite que os líderes de dados "façam perguntas para seus dados", transformando o analista em um estrategista capaz de desvendar relações complexas e melhorar a atribuição cross-channel.8
 
Contudo, a otimização não vem sem risco. Juliana Amorim (Croct) trouxe o contraponto necessário: Large Language Models (LLMs) "nem sempre serão a melhor solução para o negócio".
 
Mesmo os modelos mais precisos podem performar mal diante de "mudanças bruscas" se não estiverem alinhados aos objetivos.
 
Este ceticismo metodológico eleva o teste A/B ao status de ferramenta de governança.10
 
O teste A/B funciona como uma válvula de segurança obrigatório no deployment pipeline de qualquer agente inteligente, garantindo que a promessa de otimização da IA seja validada no ambiente de produção.
 
O alerta é claro: automação sem validação rigorosa introduz volatilidade e risco financeiro.
 
Em contrapartida, Marco Cardozo (Claro) ressaltou o papel da IA como um acelerador, que tem permitido às startups crescerem estrategicamente através de validação rápida de conceitos.11
 
 

Liderança, Empatia e a Cultura do Erro Confortável

 

O sucesso do CRO não está apenas nos dados, mas na maturidade cultural e de liderança.

André Vieira (Looptimize), com sua experiência na Alemanha, apresentou um framework crucial: a avaliação da evolução das empresas em experimentação a partir de 4 estágios.13

O salto real acontece quando a organização migra do estágio Reativo (focado em páginas isoladas) para o Estratégico, otimizando a jornada completa do cliente.

Em uma roda de conversa coordenada por Taciana Serafim (CRO Brasil), Gabriele Lavreca (Familhão) e Tales Sampaio (Speero) detalharam o lado humano.

A liderança de times de experimentação deve começar com a "compreensão empática das dores de negócio".14

A experimentação é induzida a erros se não for executada com rigor e volume de dados adequado, como reforçou Marco Aragon (Itaú). Por isso, o líder deve garantir que a priorização de experimentos considere a complexidade e envolva toda a equipe (Tales Sampaio).

A maturidade máxima exige segurança psicológica.

Erin Weigel (Funder AB Smartly), autora de Design for Impact 15, defendeu que o design deve ser a "representação da experimentação" e que a liderança precisa estar "confortável com os erros", pois, segundo ela, "há mais maneiras de falhar do que ter sucesso." 16

A falha, quando analisada com rigor (como no caso de Rafael da LATAM, que combinou FullStory, GA e AB Smartly para extrair aprendizados acionáveis), torna-se um ativo valioso.

Essa filosofia do rigor sobre a pressa foi endossada por Gustavo Esteves (Métricas Boss), que provocou a audiência: a experimentação deve ser levada a sério pela sua qualidade, e não pelo volume.

É preciso garantir que o básico da jornada e da navegação funcione primeiro, antes de buscar a inovação complexa.17

 

O Caso Claro e o ROI Imediato, vencendo pelo simples

O encerramento do CRO Summit com o CRO Awards confirmou que o rigor metodológico é a chave para o impacto financeiro, mesmo em intervenções simples.

O grande vencedor, anunciado por Taciana Serafim e escolhido pela comunidade entre mais de 600 votos, foi o case da Claro, liderado por José Eduardo Sampaio 18: "Como um estímulo visual no botão de WhatsApp aumentou em 94% os cliques no site da @Claro."

Este resultado espetacular valida a máxima: a inovação nem sempre reside em um novo funil, mas na otimização cirúrgica dos pontos de fricção.

Um pequeno "estímulo visual", testado com volume de dados e rigor estatístico, gerou um ROI massivo e imediato.

O case Claro é a prova final de que a experimentação, quando elevada à excelência metodológica, é a única linguagem que a alta gestão deve priorizar para garantir o crescimento sustentável e lucrativo do negócio.

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Este artigo foi baseado nos insights e debates do CRO Summit 2025, evento organizado pela Comunidade CRO Brasil.

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© CRO Brasil. Todos os direitos reservados.

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