O CRO Summit 2025, organizado pela Comunidade CRO Brasil 1, iniciou um debate estratégico sobre o futuro do crescimento de receita corporativa.
Em um mercado onde a Inteligência Artificial (IA) promete milagres e a otimização míope ameaça a sustentabilidade, o evento reuniu líderes para cravar um consenso: o CRO transcendeu a tática e se consolidou como o pilar da rentabilidade no C-level.²
A grande provocação que ecoou nos corredores foi direcionada à alta gestão: o investimento em CRO deve ser visto não como uma despesa operacional, mas como uma capacidade organizacional intrínseca, essencial para a inovação controlada e a aceleração sustentável de receita.4
A experimentação é, em essência, o motor que mitiga o risco associado a grandes apostas em produto e marketing.
O sucesso do CRO não está apenas nos dados, mas na maturidade cultural e de liderança.
André Vieira (Looptimize), com sua experiência na Alemanha, apresentou um framework crucial: a avaliação da evolução das empresas em experimentação a partir de 4 estágios.13
O salto real acontece quando a organização migra do estágio Reativo (focado em páginas isoladas) para o Estratégico, otimizando a jornada completa do cliente.
Em uma roda de conversa coordenada por Taciana Serafim (CRO Brasil), Gabriele Lavreca (Familhão) e Tales Sampaio (Speero) detalharam o lado humano.
A liderança de times de experimentação deve começar com a "compreensão empática das dores de negócio".14
A experimentação é induzida a erros se não for executada com rigor e volume de dados adequado, como reforçou Marco Aragon (Itaú). Por isso, o líder deve garantir que a priorização de experimentos considere a complexidade e envolva toda a equipe (Tales Sampaio).
A maturidade máxima exige segurança psicológica.
Erin Weigel (Funder AB Smartly), autora de Design for Impact 15, defendeu que o design deve ser a "representação da experimentação" e que a liderança precisa estar "confortável com os erros", pois, segundo ela, "há mais maneiras de falhar do que ter sucesso." 16
A falha, quando analisada com rigor (como no caso de Rafael da LATAM, que combinou FullStory, GA e AB Smartly para extrair aprendizados acionáveis), torna-se um ativo valioso.
Essa filosofia do rigor sobre a pressa foi endossada por Gustavo Esteves (Métricas Boss), que provocou a audiência: a experimentação deve ser levada a sério pela sua qualidade, e não pelo volume.
É preciso garantir que o básico da jornada e da navegação funcione primeiro, antes de buscar a inovação complexa.17
O encerramento do CRO Summit com o CRO Awards confirmou que o rigor metodológico é a chave para o impacto financeiro, mesmo em intervenções simples.
O grande vencedor, anunciado por Taciana Serafim e escolhido pela comunidade entre mais de 600 votos, foi o case da Claro, liderado por José Eduardo Sampaio 18: "Como um estímulo visual no botão de WhatsApp aumentou em 94% os cliques no site da @Claro."
Este resultado espetacular valida a máxima: a inovação nem sempre reside em um novo funil, mas na otimização cirúrgica dos pontos de fricção.
Um pequeno "estímulo visual", testado com volume de dados e rigor estatístico, gerou um ROI massivo e imediato.
O case Claro é a prova final de que a experimentação, quando elevada à excelência metodológica, é a única linguagem que a alta gestão deve priorizar para garantir o crescimento sustentável e lucrativo do negócio.
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Este artigo foi baseado nos insights e debates do CRO Summit 2025, evento organizado pela Comunidade CRO Brasil.