Durante uma palestra do CRO Brasil, Gustavo Esteves abriu um site repleto de banners e botões piscando.
Em seguida, lançou uma pergunta que fez a plateia parar:
“Qual é a ação que eu quero do meu usuário nessa tela?”
O silêncio que veio depois dizia tudo.
Em muitos sites, a confusão visual substituiu a estratégia.
Por isso, antes de falar em experimentação, é preciso reaprender o básico para só depois os testes A/B fazerem sentido.
Desde 2020, o interesse por termos como “otimização da conversão”, “teste A/B” e “CRO” vem crescendo de forma constante, segundo dados do Google Trends.
A experimentação digital virou tendência e com ela, uma corrida para testar tudo, o tempo todo.
Mas não adianta querer “entrar na moda do CRO” criando filas de testes A/B baseadas em achismos, intuição ou nas vozes da minha cabeça, como diz o Gustavo Esteves.
Antes de testar qualquer hipótese, é preciso encarar o espelho: o seu site.
Você já se perguntou para que serve cada etapa da jornada até a conversão?
Durante sua palestra, Gustavo abriu um site cheio de banners, botões e elementos chamativos e lançou a pergunta que desarmou a plateia:
“Qual é a ação que eu quero do meu usuário nessa tela? Ela está clara?”
Logo depois, um pop-up oferecendo 10% de desconto apareceu e ele continuou:
“Esse cupom está sendo trackeado? Quantas pessoas realmente usam? Elas voltam depois ou compram só por impulso?”
Essas perguntas expõem o problema principal: sem clareza e sem dados confiáveis, nenhum teste tem valor real.
Antes de querer experimentar, volte ao simples e revise os fundamentos:
Só quando o básico está bem feito, os testes ganham propósito.
Porque, no fim das contas, a melhor otimização é aquela construída sobre uma base sólida.
Aqui vão alguns passos por onde começar:
Antes de buscar grandes ideias, olhe para os números. Parece simples e é.
Mas poucos fazem o básico: garantir que os dados sejam confiáveis.
Sem essa base, nenhuma análise tem valor.
A clareza dos dados é o que separa suposição de aprendizado.
É ela que transforma observação em decisão — e prepara o terreno para experimentos realmente significativos.
O próximo passo não é testar. É entender a jornada.
Cada página, clique e microdecisão tem um propósito ou deveria ter.
Como provocou Gustavo Esteves na palestra:
“Qual é a ação que eu quero do meu usuário nessa tela? Ela está clara?”
Essa pergunta simples revela gargalos invisíveis.
Muitas vezes, a conversão não acontece porque o caminho está confuso, cheio de estímulos e sem direção.
CRO não é sobre testar botões, é sobre eliminar ruído e facilitar escolhas.
A experiência do usuário é o terreno onde toda otimização acontece.
Não há fórmula ou ferramenta que compense um fluxo quebrado.
Pequenos ajustes como reduzir cliques, aumentar clareza de textos e melhorar o tempo de carregamento já criam ganhos perceptíveis na jornada.
Essas melhorias não exigem testes complexos, mas atenção ao detalhe.
Quanto mais fluida for a navegação, mais natural será a conversão.
E quanto mais sólida for essa base, mais efetivos serão os testes futuros.
Antes de buscar novas hipóteses, descubra onde está perdendo visitantes.
Olhe para as páginas de maior tráfego e pergunte:
Essas respostas valem mais que qualquer teste.
Elas mostram onde o básico ainda não está bem feito e onde há espaço real para evoluir.
A partir daí, a experimentação deixa de ser tentativa e erro, e passa a ser aprendizado contínuo com propósito.
Fazer o simples não é ser limitado.
É ser disciplinado o suficiente para repetir o que dá certo e medir o impacto de cada decisão.
A obsessão por testar pode gerar movimento, mas o crescimento vem da consistência.
Quando o básico é bem executado, cada experimento passa a ter contexto, base e direção.
CRO não é sobre testar mais.
É sobre entender melhor, decidir melhor e evoluir com consciência.
A experimentação vem como consequência natural desse processo e não como ponto de partida.
Vemos um interesse crescente por teste A/B, otimização da conversão (CRO) e experimentação desde 2020.
Mas, em meio a tanto barulho, é fácil esquecer o essencial: otimizar não é complicar.
O que faz um time evoluir não é a quantidade de experimentos, mas a qualidade das decisões que os sustentam.
É a capacidade de olhar para o próprio site com honestidade e perguntar, como fez Gustavo Esteves:
“Qual é a ação que eu quero do meu usuário? Ela está clara?”
Essa pergunta é simples e é justamente isso que a torna poderosa.
Porque clareza é o primeiro passo para qualquer melhoria real.
Voltar ao básico não é retroceder.
É voltar à essência do que realmente importa: entender o usuário, medir com precisão e agir com consciência.
A experimentação continua tendo valor, mas agora, com propósito.
Ela deixa de ser uma corrida por novidades e se torna uma ferramenta de aprendizado contínuo, apoiada em dados e consistência.
E talvez seja esse o verdadeiro segredo do CRO maduro:
Quanto mais simples e consciente o processo, mais sólidos os resultados.
Então, antes de abrir o próximo teste, faça uma pausa.
Revise suas páginas, suas métricas, sua jornada.
Pergunte-se se o básico está realmente bem feito.
Porque às vezes, o avanço que você procura não está em testar algo novo, mas em entender melhor o que já existe.